Equipes técnica e logística coletaram importantes dados sobre as capacidades do F-39E Gripen para as missões de Alerta e Desdobramento no território brasileiro
O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) conduziu, na Base Aérea de Anápolis (BAAN), duas etapas da AVOP-I do F-39: a Verificação Técnica (VT) e a Validação Logística (VL). As atividades ocorreram, respectivamente, entre os dias 18 de agosto e 4 de setembro de 2025, e 18 a 29 de agosto de 2025.
Essas ações contaram com a participação de militares do DCTA, da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB), do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA SP) e do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV). O foco foi avaliar o Gripen na primeira versão BCU (Basic Capability Updated) e os sistemas de suporte a sua operação para as missões de Alerta de Defesa Aérea e Desdobramento no território nacional.
A AVOP-I tem como objetivo principal verificar a efetividade e a adequabilidade do F-39E e seus sistemas para o cumprimento das missões a que se destina, considerando o ambiente operacional brasileiro e o estágio inicial de seu ciclo de vida.
Para o Tenente-Coronel Aviador David Escosteguy, que realizou alguns dos voos da VT, a importância dessa atividade é a verificação de requisito de sistema previsto em contrato com a fabricante SAAB no cenário brasileiro.
“A VT verificou algumas melhorias incorporadas nessa atual versão da aeronave, que contribuem para uma melhor performance operacional”, destacou o Tenente-Coronel Escosteguy.
O Coordenador Logístico da AVOP-I, Capitão Engenheiro Carlos Monteiro Barbosa Filho, ressaltou que a VL concentrou-se especialmente na avaliação das capacidades do Gripen frente a mudanças de configuração e reposicionamento rápido da aeronave.
“Foi mais uma oportunidade de validar, em um ambiente controlado, mas representativo das condições reais de operação, a capacidade logística do Grupo Logístico da BAAN (GLOG-AN) e o projeto do F-39 para o cumprimento da missão, analisando dificuldades, complexidades, tempos de reação e outros indicadores relevantes”, ressaltou o Capitão Barbosa.
A Coordenadora-Geral da Operação, Coronel Engenheira Thais Franchi Cruz, enfatizou que a AVOP-I trata-se de prática consagrada no cenário internacional, representando o estado da arte nos processos de validação de sistemas de defesa.
“A AVOP-I tem foco no operador, e busca encontrar possíveis deficiências o quanto antes. Os dados agora coletados serão utilizados para planejar o início da operação de Alerta de Defesa Aérea pelo F-39E. Serão necessárias ainda a realização de outras fases da AVOP-I do Gripen na versão BCU, para aprofundar o conhecimento sobre as capacidades da aeronave, visando à consolidação do Conceito de Operações (CONOPS)”, explicou Coronel Thais.
Fonte: DCTA, por Cel Thais
Foto: DCTA, por Cel Thais